quinta-feira, 13 de novembro de 2008

CIDADE DE DAVID - Heb. ‘Îr Dawid.


A antiga cidadela de Sião, fortaleza dos jebuzeus, que foi conquistada por David e se tornou na capital do seu reino (2Sm 5:6-9; 1Cr 11:5-7). Mais tarde, fez parte da zona sudeste da Jerusalém alargada. A cidade situa-se numa cordilheira que se dirige para sul, agora chamada “o monte a sudeste” e que se localiza a sul e completamente fora da actual Antiga Cidade (cujos muros datam do século XVI). A “Cidade de Davi” media somente 90x460 m. A sua localização era determinada pela proximidade de duas fontes naturais de água - o ribeiro de Giom a este e o poço de En-Rogel a sul do “monte a sudeste”. Nos outros montes mais proeminentes, a norte e a oeste, não se vêem ribeiros nem poços. A cidade era limitada pelo Vale Quidrom a este e pelo Vale Tiropeom, actualmente quase obliterado, a oeste. O limite sul era formado pela confluência de dois vales. O norte não tinha qualquer fronteira natural. Os jebuseus, que ocupavam Jerusalém antes de esta ser tomada por David, tinham fortificado a cidade e o acesso ao ribeiro de Giom era feito através de um túnel subterrâneo, precavendo a necessidade de se deixar a cidade em tempos de cerco. Foi provavelmente através deste curso de água que Joabe e os seus homens conseguiram o acesso à cidade e a tomaram (1Cr 11:4-6).
Jerusalém não parece ter sido alargada durante a vida de David mas Salomão estendeu-a para norte, com a construção de um palácio e a área do templo. A partir daí, a “Cidade de Davi” é mencionada principalmente como o lugar onde os reis de Judá eram sepultados (1Rs 11:43; 1Rs 14:31; etc.). Ezequias acrescentou-lhe uma secção a sul e fechou-a com um segundo muro. Parece também ter acrescentado uma nova região a oeste, tal como indica a descoberta, em 1970, de um sector da muralha. Ezequias também cavou um túnel desde o ribeiro de Giom até esta nova secção a sul, canalizando a água para um novo poço, o poço de Siloam (2Cr 32:3, 4, 2Cr 32:30). A “Cidade de Davi” ainda fazia parte da Jerusalém de Neemias (Ne 3:15; Ne 12:37); na realidade, permaneceu como parte da cidade até aos tempos medievais. Hoje em dia, situa-se fora das muralhas e é, assim, felizmente, acessível aos arqueólogos. Consequentemente, a sua história arqueológica é bem conhecida. Foram localizadas as suas antigas muralhas, foi escavado o portão na sua muralha a ocidente, assim como um sector das fundações da muralha oriental do tempo dos jebuseus e ainda ruínas da muralha a este do tempo de Neemias. Foram explorados os intricados sistemas subterrâneos de água, tendo sido descobertos muitas cavernas que, originalmente, poderiam ter servido de túmulos reais. Contudo, uma vez que se encontravam vazias quando foram descobertas, tendo tudo sido roubado nos tempos antigos, não se pôde conhecer qual o seu propósito original.

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