sábado, 10 de outubro de 2009

ENGEDI
Heb. ‘Ên Gedi, “nascente do garoto”.

Um local fértil no Mar Morto, mais ou menos a meio da sua margem ocidental. Uma nascente quente, chamada ‘Ain Jidi, brotando cerca de 122 metros acima do nível do mar, alimenta, no deserto, um oásis que é rico em palmeiras, vinhas e bálsamo (Ct 1:14). O local era anteriormente chamado Hazazontamar (Heb. Chasason Tamar, “poda das palmeiras” - Gn 14:7). Em 2Cr 20:2 surge com o nome Hatsom-Tamar. No tempo de Abraão, o local encontrava-se ocupado pelos amorreus, que foram mortos por Quedorlaomer (Gn 14:7). David usou a área circundante como um esconderijo, na altura em que fugia de Saul e numa das cavernas da vizinhança, ele cortou um pedaço da roupa de Saul (1Sm 23:29; 1Sm 24:1-22).
Devem distinguir-se dois antigos locais: Tell Goren, que se situa cerca de 800 metros a sul da Nascente de Engedi e o Valado Calcolítico, a cerca de 150 metros a norte da mesma nascente. Ambos os locais foram escavados em cinco épocas sob a direcção de B. Mazar, entre 1961 e 1965. Tell Goren contém cinco níveis de ocupação, que mostra que a cidade já aqui existia desde o século VI AC até aos tempos bizantinos. O valado do período calcolítico (4º milénio AC) situa-se num local alto dominando sobre o Mar Morto. Entre outros edifícios, existia entre as ruínas um templo - um dos mais antigos encontrados na Palestina. É possível que os inúmeros instrumentos de culto em cobre, datados do período calcolítico e encontrados em 1961 numa caverna perto de Nahr Mishmar, viessem deste templo.

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