quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

CRETA - Gr. Krete.


Uma ilha no Mediterrâneo, com 256 km de longitude e entre 12 a 56 km de largura, situada 96 km a sudeste da Grécia. É uma ilha montanhosa e o pico mais alto é o Monte Ida (2458 m), situado no centro de Creta, o local lendário onde Zeus terá nascido. De acordo com os gregos, um certo Rei Minos terá fundado a civilização cretense. As escavações revelaram a existência de uma grande cultura nesta ilha nos tempos mais antigos. A história desta antiga cultura divide-se em três períodos: 1) o período minóico primitivo, contemporâneo da Era das Pirâmides no Egipto; 2) o período minóico central, correspondente ao Reino Central Egípcio e 3) o período minóico recente, contemporâneo da 18ª Dinastia Egípcia. Foram descobertos vários palácios nesta ilha, nomeadamente o que foi escavado em Cnosso, em 1900, por Sir A. J. Evans. Esta estrutura continha um labirinto de câmaras, antecâmaras, despensas, um teatro e um grande pátio central; e era provavelmente o labirinto da lenda grega. Ficou patente na sua arte que a civilização minóica atingiu um alto nível: cerâmica, obras em pedra e metal, arquitectura de muito bom gosto e belas pinturas murais foram preservadas em locais como Cnosso, Phaestus, Hagia Triada, entre outros.
O primeiro tipo de escrita minóica foi hieroglífico. Mais tarde, são inventadas duas formas de escrita linear. Uma delas, a linear B, foi decifrada por M. Ventris em 1953. Foi, assim descoberto que a língua destes textos escritos era uma forma primitiva do grego. Desde então têm sido encontradas, também no continente grego, tabuínhas de argila contendo textos escritos com o mesmo tipo de linguagem.
Os cretenses dos períodos minóicos parecem ter sido uma nação marítima, tendo mantido relações comerciais activas com o Egipto, a costa síria e a zona do Egeu. Por volta de 1400 AC, esta cultura minóica foi destruída por outra de um povo muito inferior, talvez os filisteus que, nas suas migrações em direcção ao este, destruíram a cultura minóica de Creta. A partir daí, Creta perdeu a sua importância na história.
Durante os períodos romano e helenístico, muitos judeus instalaram-se em Creta (I Mac 15:23; At 2:11; Tt 1:10-14). Os romanos ocuparam a ilha em 67 AC, transformando-a numa província senatorial. Subsequentemente, foi incorporada, juntamente com Cirenaica, na África do Norte. Os cretenses eram conhecidos por serem bons archeiros e também mentirosos, tal como se afirma no hexámetro citado por Paulo em Tt 1:12, que se supõe ter sido escrito por Epimenides. O navio que levava Paulo como prisioneiro para Roma, atracou num dos portos de Creta (At 27:7,8). Esta parece ter sido a primeira visita que Paulo fez à ilha. Aparentemente, mais tarde, durante o intervalo entre o seu primeiro e segundo encarceramento romanos, Paulo visitou a ilha, aí deixando Tito para que completasse a organização da igreja (Tt 1:5)

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