quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

DOR - Heb. Do’r; Fenício, D’r; Egípcio, Dyr.

Um lugar semítico significando “habitação”. Uma antiga cidade cananeia na costa mediterrânea, a cerca de 13 km a norte de Cesareia. A cidade é mencionada pela primeira vez em textos de Ebla do período pré-patriarcal, mas chegou à ribalta da história quando foi ocupada, por volta de 1200 AC, pelos invasores Tjekker que, tal como os filisteus, pertenciam aos Povos do Mar. A cidade foi atribuída a Manassés (Js 17:11; 1Cr 7:29), mas não foi ocupada senão no tempo de David e de Salomão (Jz 1:27). Salomão colocou toda a área de Dor sob a administração de Abinadabe, o seu genro (1Rs 4:11). Um selo hebraico do século VIII AC contém uma inscrição que diz: “Zacarias, sacerdote de Dor”. Isto significa que existia um templo e um corpo de sacerdotes em Dor quando esta cidade fazia parte do reino de Israel, ou que o dono do selo vivia em Dor. Os assírios conquistaram Dor (mencionada como Du’ru nos seus registos) no século VIII AC e transformaram-na numa província separada. Mais tarde foi dada a Sidom, depois caiu nas mãos dos Seleucidas e passou a pertencer à Judeia no tempo dos Macabeus. Em 63 AC, Pompeu tornou-a numa cidade livre, responsável perante Roma mas governando-se sozinha. O seu nome actual é el-Burj e o local situa-se a norte de et-Tantûrah. Garstang levou a cabo algumas escavações em 1923-1924. Provou-se que a cidade tinha sido fundada na Idade do Bronze (1600-1200 AC) e destruída no mesmo período, provavelmente pelos Tjekker. No tempo dos reis israelitas, Dor parece ter florescido grandemente.

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