segunda-feira, 2 de março de 2009

EBLA


Nome de uma importante cidade antiga, situada no norte da Síria, durante a Dinastia de Acade, no final do terceiro milénio AC. É actualmente Tell Mardikh, com 56 hectares e a 54 km a sudoeste de Alepo, onde uma expedição italiana levou a cabo escavações sob a direcção de Paolo Mathiae desde 1964. O tronco de uma estátua com algumas inscrições, descoberto em 1968, identificou Tell Mardikh com Ebla que, de acordo com textos do final do terceiro milénio AC, foi destruída pelo rei Naram-Sin, da Acádia. Desde 1974, quando as primeiras tabuínhas cuneiformes foram encontradas durante as escavações do palácio, foram descobertas cerca de 20.000 tabuínhas. A maior parte delas está escrita em sumério, mas muitas delas são compostas na antiga língua cananeia, que foi adoptada pelos patriarcas quando chegaram a Canaã e que é agora conhecida como hebreu. O conteúdo da maior parte das tabuínhas é de natureza económica e administrativa mas também existem cartas, textos literários, um código de leis cananeu e textos léxicos. Os textos revelam que Ebla, antes da sua conquista e destruição por Naram-Sin, tinha uma população que atingia as 260.000 pessoas, incluindo 11.000 servos. Estabeleceram comércio, principalmente têxteis, com a maior parte do mundo conhecido, razão por que se encontram nesses textos os nomes de cerca de 5000 locais com os quais negociavam. Entre eles encontram-se os nomes de muitas cidades da Palestina, tais como Aco, Asdode, Dor, Gaza, Hazor, Jope, Laquis, Megido e Salém (o nome pelo qual Jerusalém é conhecida nos tempos patriarcais - Gn 14:18). Também os nomes de Sodoma e Gomorra são mencionados num texto de Ebla. Um epígrafo da expedição, Giovanni Pettinato, relatou que os textos também continham a versão cananeia da história da criação e do dilúvio.

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