segunda-feira, 2 de março de 2009

EGITO - Heb. Misrayim.


O nome deriva do grego Aiguptos, “casa do (deus) Ptah”, mencionado como Hikuptah nas cartas de Amarna. Os antigos egípcios chamavam à sua terra Km.t, “(a terra) preta”, por causa do contraste entre o solo rico e escuro do fértil vale do Nilo e o deserto que fica para além do rio. Contudo, um outro nome dado ao Egipto pelos seus nativos significaria “duas terras”, ou seja, a união entre o Egipto Superior e o Egipto Inferior. As cartas da Amarna mostram que, no século XIV AC, os cananeus chamavam Misri ao Egipto. A palavra hebraica Misrayim (ver Mizraim) tem duas terminações que apontarão para as duas principais regiões do país, o Egipto Superior e o Egipto Inferior. Os egípcios, hoje em dia, usam o nome arábico Misr.
História:
Cronologia - As principais fontes de informação sobre este difícil assunto são listas antigas de reis, alguns dados astronómicos e dados históricos mencionando os anos de reinado dos reis ou a extensão dos seus reinos. A divisão em dinastias foi efectuada por Manetho, um sacerdote egípcio que escreveu a sua história sobre o Egipto na Grécia e no início do século III AC. Esta obra perdeu-se e só se encontram disponíveis algumas porções em sumários ou referências feitas por Josefo, Africanus e Eusébio. O conseguir-se uma cronologia correcta tem sido a tarefa mais difícil que os egiptólogos tomaram a seu cargo, desde que se conseguiram ler os antigos registos egípcios. Os eruditos ainda não chegaram a conclusões unânimes e não foram estabelecidas datas relativamente à história antiga. As datas fornecidas por eruditos antigos, no que toca ao início da história do Egipto com a primeira dinastia (Petrie: 4777 AC), não são aceites por ninguém. Este acontecimento é situado pelos egiptólogos entre 3100 AC e 2800 AC. Só a partir do Reino Central as datas disponíveis se tornam seguras e a primeira data absoluta a que se chegou, com base em dados astronómicos, é o ano de 1991 AC, o início da 12ª dinastia. No entanto, mesmo no segundo e primeiro milénios AC, existem acontecimentos para os quais não estão disponíveis dados cronológicos, como por exemplo, para a maior parte dos acontecimentos que tiveram lugar durante as dinastias 13-17. Existem também incertezas cronológicas relativamente às dinastias 21-23. Contudo, as dinastias 18-20 estão razoavelmente bem estabelecidas e a cronologia das dinastias 24-30 cria poucos problemas. Estes vários graus de certeza devem ser tidos em mente, ao se considerarem as datas fornecidas nos parágrafos seguintes. As datas fornecidas em ligação com a história do Egipto até à 12ª dinastia são vulgarmente aceites pelos egiptólogos que aderiram à cronologia mais baixa e serão necessariamente as mais correctas.
Pré-história - Praticamente nada se conhece sobre o Egipto antes de a arte da escrita ter surgido na primeira dinastia. As relíquias do Egipto pré-dinástico são compostas por algumas aldeias em ruínas, cerâmica, vasos de pedra, objectos utilitários, armas, algumas esculturas toscas e pinturas murais. Os eruditos dividiram o tempo pré-histórico em períodos aos quais deram nomes baseados nos locais onde os resíduos culturais característicos foram, pela primeira vez, encontrados - Tasiano, Badaniano, Amraciano e Gerzeu. Não existe maneira de se conhecer a extensão destes períodos.
O Reino Antigo - Dinastias 1-6 (2800-2150 AC). No início deste período, deu-se a unificação do Egipto sob o domínio de um rei a quem Manetho chama Menes, embora este nome não se encontre nos antigos registos egípcios. Existem muitas tumbas em Abido e Saqqârah pertencentes aos reis das primeira e segunda dinastias, construídas em tijolo e imitando o estilo de construção mesopotâmico. Muitas das provas apontam para o Vale do Eufrates e do Tigre como o local de origem da antiga cultura dos egípcios. Durante a terceira dinastia, foram erigidas as primeiras estruturas monumentais de pedra. Entre elas encontra-se a Pirâmide do Rei Zoser, assim como as inúmeras estruturas à sua volta que formam os grandes compostos mortuários. Depois, chegou o tempo dos grandes construtores de pirâmides da 4ª dinastia - Khufu, Khafre e Menkaure - que nos deixaram três formidáveis pirâmides em Gîzeh. A sua mestria no tratamento da pedra, tal como se testemunha através de esculturas, estruturas monumentais (tal como as pirâmides) e templos mortuários, nunca foi ultrapassado e raramente foi igualado no antigo Egipto. O Reino Antigo sobressaiu não somente em termos de arquitectura e esculturas mas também no campo das ciências, tais como a matemática e astronomia, sendo visto, em tempos posteriores, como um período clássico. Durante as dinastias 5 e 6, o poder real entrou em declínio, o que é revelado pelo menor tamanho e qualidade mais pobre das pirâmides e outras estruturas tumulares. No século XXII, o Reino Antigo chegou ao fim e a ele se seguiu um período de caos e anarquia, marcado por uma grande pobreza entre a população e uma reavaliação da visão que os egípcios tinham sobre a vida.
O Primeiro Período Intermédio - Dinastias 8-11 (2150-2025 AC). Deve notar-se primeiro que não há qualquer prova da existência, nos registos antigos, daquilo a que Manetho chama a 7ª dinastia; consequentemente, deverá supor-se que esta dinastia nunca existiu, devendo, portanto, ser posta de lado em qualquer discussão histórica sobre a história do antigo Egipto. Os reis do Primeiro Período Intermédio, na sua maioria governantes locais que se apelidavam de reis, foram fracos sucessores dos do Reino Antigo e tentaram, sem sucesso, obter a supremacia sobre todo o país.
Durante este período, deu-se também um grande influxo de asiáticos - provavelmente amorreus que surgiram nesta altura em todo o Próximo Oriente. Dominaram sobre partes do Delta e fizeram da cidade de Athribis a sua capital. Eram habitualmente acusados pelos seus contemporâneos de serem os causadores de todos os problemas e misérias desse tempo. Quando a forma central de governo se desmoronou, surgiram muitas ilegalidades e uma grande crise económica levou o país à bancarrota. Contudo, quando desapareceram as posses materiais, deu-se uma busca profunda pelos valores reais. Isto reflecte-se claramente no florescimento excepcional da literatura nesse tempo.
O Reino Central - Dinastias 11-12 (2025-1780 AC). Um dos reis da 11ª dinastia de Tebes, no Egipto Superior, foi capaz de pôr termo às condições caóticas desse período, colocando todo o país sob o seu domínio. O resultado foi o regresso de um reino forte e unido, com uma administração ordenada. Este facto deu início ao Reino Central. Mais tarde, uma revolução abriu caminho para uma mudança de dinastias mas os reis da 12ª dinastia deram continuação à poderosa governação dos seus antecessores. Transferiram a capital para Lisht, no Egipto Central e procuraram tornar-se governantes responsáveis para o seu povo. Treinaram os seus sucessores, promoveram o comércio com o estrangeiro, exploraram as minas da Núbia e do Sinai e levaram a cabo expedições na Palestina e na Líbia. Ao mesmo tempo, construíram fortificações para protegeram as suas fronteiras da intrusão de estrangeiros.
O Segundo Período Intermédio - Dinastias 13-17 (1780-1590 AC). Mais uma vez o Egipto passou por um período de caos e domínio estrangeiro. Esta segunda quebra da ordem e do governo centralizado foi causada pela intrusão dos Hiksos, um povo misterioso a quem Josefo chamou reis-pastores. Parecem ter feito parte da grande migração dos povos que, nessa altura, inundaram o Próximo Oriente e que foi responsável pela destruição de vários reinos e pelo surgimento de novos reinos, tais como o Império Heteu, na Ásia menor; o Reino Hurreu, de Mitanni, no Eufrates Superior e o Reino dos Casseus, na Baixa Mesopotâmea.
Os Hiksos (o seu nome significa “governante de países estrangeiros), que vieram da Ásia para o Egipto, eram em parte semitas e em parte hurreus. Trouxeram com eles um novo veículo de guerra, o cavalo e os carros, que transformou a vida militar, tanto quanto o tanque no século XX. Não se sabe, por falta de provas documentais, se entraram no Egipto num período de paz, tomando o país a uma administração fraca, ou se o conquistaram pela força. Os egípcios, mais tarde, destruíram todas as provas que lhes recordavam os seus opressores estrangeiros.
Os Hiksos estabeleceram a sua capital em Avanis (a grega Tanis e a Zoã bíblica), no delta oriental. Os seus reis mais fortes governaram provavelmente sobre todo o Vale do Nilo; outros não controlaram mais do que certas áreas restritas. Os governantes nativos continuaram a ser reconhecidos pelos egípcios e pelos hiksos como administradores de certos territórios. Por volta de 1600 AC, o príncipe de Tebes começou a lutar pela libertação do Egipto do domínio estrangeiro. As campanhas de três reis sucessivos - Sekenen-Re, Kamose e Ahmose - terminaram com a derrota total dos Hiksos, a conquista de Avanis e a expulsão dos opressores. Os Hiksos estabeleceram-se durante alguns anos em Sharuhen, no sul da Palestina, mas após uma campanha de três anos (ou três campanhas anuais; o registo é ambíguo), os egípcios expulsaram-nos também dessa região, após o que desapareceram da história. Deste modo, por volta de 1570 AC, o Egipto encontrou-se novamente livre, iniciando-se o período mais glorioso de toda a sua história.
O Novo Reino Antes do Período Amarna - Início da 18ª dinastia (1590-1380 AC). Ahmose, o rei de Tebes, tornou-se aparentemente no pai de uma nova dinastia, embora a linha ancestral dos reis da 17ª dinastia não tivesse sido quebrada. Os seus sucessores foram governantes particularmente fortes mas, peculiarmente, durante várias gerações, só nasceram raparigas e vários dos reis que existiram não passaram de príncipes consortes. Tal aconteceu com os primeiros três Thutmose e foi esta a razão porque uma mulher, a famosa Hatshepsut, governou o Egipto como “rei”.
Sob o domínio de Amenhotep I, a Núbia tornou-se novamente numa parte integrante do país do Nilo e as minas do Sinai foram exploradas. Thutmose I (1542-1524 AC) levou a cabo campanhas militares na Palestina e na Síria, chegando até ao Eufrates. No tempo de Hatshepsut (1504-1486 AC), foram enviadas expedições comerciais até Punt (provavelmente a Somália, na África Oriental), tendo-se desenvolvido grandemente a construção civil. Após o forte mas pacífico domínio de Hatshepsut, Thutmose III (1486-1450 AC), que fora seu co-regente durante alguns anos, deu início a uma série de campanhas militares na Palestina e na Síria, que fez com que o Egipto atingisse o pico da sua glória. Ele criou o mais poderoso império que existiu no segundo milénio AC e que se estendia desde o Eufrates até à sexta catarata do Nilo. Construiu-se um forte governo central e, pela primeira vez, a nação possuía um poderoso exército de profissionais, com guarnições em todas as partes do império. Os tesouros de todo o mundo que fluíam para o Vale do Nilo capacitaram os Faraós egípcios com meios para se dedicarem à construção de empreendimentos de proporções fenomenais. O mundo nunca vira nada igual.
O Período Amarna - Finais da 18ª dinastia (1380-1360 AC). O Período Amarna foi somente um pequeno interlúdio na história do Egipto mas o mais intrigante e importante também. Alguns desenvolvimentos que precederam o Período Amarna são dignos de nota no final do século XV e início do século XVI AC, mas nada de tangível é conhecido até que Amenhotep IV (1381-1364 AC) surge na história como rei do Egipto. Ele surge como um fanático monoteísta adorador de Aton, o sol. A oposição a esta revolução religiosa foi muito forte na capital, Tebes, onde o politeísmo, especialmente o culto a Amom, estava fortemente implantado; por isso, ele mudou a capital para um novo local, Akhetaton (agora Amarna), que se situa a meio caminho entre Tebes e Menfis. Com os antigos templos fechados e os seus sacerdotes despedidos, com os antigos deuses suprimidos e os seus adoradores perseguidos, foi construído um novo templo, em Akhetaton, dedicado ao sol. O rei, que mudara o seu nome para Ikhnaton, dedicou-se de todo o coração à interpretação e disseminação da nova religião e culto. Contudo, ele não era suficientemente forte para mudar completamente as crenças enraizadas da população e no fim do seu reinado nota-se uma rejeição menos fanática da antiga religião. Com a sua morte, este movimento terminou. O seu sucessor, Tutankhaton (13361-1353 AC), um genro, foi forçado a voltar para Tebes. Ao mudar o seu nome para Tutankhamen e ao reabrir os antigos templos, ele mostrou que tudo voltaria à sua antiga ordem e que a revolução Amarna morrera. A revolução de Ikhnaton foi a única tentativa de se introduzir o monoteísmo no Egipto, até surgir o cristianismo, que triunfou sobre o paganismo, cerca de dezasseis séculos mais tarde.
Ikhnaton, mais interessado nas reformas religiosas do que nos seus deveres políticos e administrativos, compôs e cantou hinos a Aton, em vez de prestar atenção aos frenéticos apelos de ajuda vindos dos seus súbditos e amigos na Ásia. Vemos que toda a Síria e a maior parte da Palestina escaparam ao controlo dos egípcios naqueles tempos fatídicos e os reis que lhe sucederam eram demasiado fracos e estavam demasiadamente empenhados em fazer parar a ruptura do império.
O Novo Reino Após o Período Amarna - Dinastias 18-20 (1360-1101 AC). Depois que a revolução de Amarna terminou, a antiga religião e o antigo estilo de vida foram rapidamente reimplantados e não demorou a que todos os traços de levantamento religioso desaparecessem. Harmhab (1349-1322 AC), o primeiro governante forte após o período de restauração, manteve-se bastante ocupado na restauração da ordem e da autoridade dentro das suas fronteiras, não tendo tempo para reconquistar os territórios perdidos da Ásia.. Foi isto que Seti I (1322-1394 AC) começou a fazer, subjugando várias cidades fortes do Vale de Esdraelon, na Palestina e mantendo o controlo da área costeira que as ligava ao Egipto. Nas circunstâncias em que se encontrava, ele não podia fazer muito mais.
O seu sucessor, Ramsés II, governou durante quase setenta anos (1304-1238 AC). Lutou contra os heteus em Cades e depois assinou um tratado concedendo-lhes a posse da Síria. Tornou-se mais conhecido do que qualquer outro rei do Egipto porque o seu longo reinado o capacitou para levar a cabo um extenso programa de construções. Apropriou-se de vários edifícios pertencentes a reis anteriores, desmantelou-os e usou os materiais nas suas próprias estruturas, nas quais colocou o seu nome, como construtor.
Durante o reinado do seu filho e sucessor, Merneptah, uma migração de bárbaros vindos do ocidente, os chamados Povos do Mar, invadiu os países civilizados do oriente. Estes recém-chegados pressionaram os líbios que, por seu turno, se viraram para o Egipto, forçando Merneptah a lutar contra os seus vizinhos ocidentais. O Império Heteu desapareceu devido aos ataques implacáveis destes Povos do Mar, que tinham invadido a Ásia Menor. Quando Ramsés III (1196-1165 AC) subiu ao trono, corria pelo Egipto um medo mortal a estes invasores mas ele conseguiu refrear esta maré, derrotando-os e fazendo-os voltar para trás. Alguns dos seus remanescentes permaneceram no país, tal como os filisteus, que se instalaram na costa ocidental da Palestina. Ramsés III salvou o Egipto do perigo externo e também promoveu a segurança interna do seu país. Contudo, na última parte do seu reinado, o país entrou em declínio, o que foi acelerado pelos fracos reis que lhe sucederam. Por isso, o Egipto tornou-se num país de segundo ou terceiro nível. A principal razão da séria crise económica que atravessou foi a perda das possessões estrangeiras e do comércio ultramarino. Tal facto transformou-se em corrupção no país, desordens no exército, greves entre os trabalhadores governamentais, pilhagem de túmulos reais e um sentimento generalizado de insegurança económica e pessoal. Nessa altura, o poder do sumo sacerdote de Amom aumentou, até que este passou a dominar o país.
O Domínio dos Reis-Sacerdotes, Líbios, Etíopes e Assírios - Dinastias 21-25 (1101-663 AC). Durante a 21ª dinastia, reis rivais reinaram em Tanis e Tebes, sendo o de Tebes o sumo sacerdote de Amom. O Egipto encontrava-se numa situação tão debilitada, que até os seus embaixadores foram humilhados em países estrangeiros. A união foi mais uma vez conseguida por reis de descendência líbia, que formaram a 22ª dinastia, ou dinastia líbia. O primeiro destes reis, Sheshonk I (o Sisaque bíblico) (950-? AC), efectuou uma tentativa ambiciosa para restaurar o império. Contudo, a sua campanha militar na Palestina não obteve um sucesso duradoiro, não restaurando os territórios perdidos a este de Egipto, embora tivesse conquistado Jerusalém e muitas outras fortalezas de Judá e Israel. Os sucessores de Sheshonk foram governantes fracos e o Egipto continuou somente uma sombra do seu passado.
Após um reinado de quase 200 anos por parte dos líbios, os egípcios recuperaram o trono (24ª dinastia) (750-715 AC) mas ocuparam-no somente durante alguns anos. Não demorou a que fossem substituídos pelos etíopes, de Núbia, que, como reis da 25ª dinastia (750-663 AC), dominaram os egípcios durante quase nove décadas. Os Faraós etíopes tiveram que lutar contra os assírios que, nessa altura, se tinham tornado na nação mais poderosa do mundo. Em 670 AC, Esaradom, da Assíria, conquistou o Egipto e transformou-o numa província assíria, estatuto esse que se manteve durante vários anos.
Os Reis Saitas - Dinastia 26 (663-525 AC). Durante esta dinastia, o Egipto passou por um período de razoável prosperidade. Os seus reis nativos, cuja capital era Sais, no Delta Ocidental, recuperaram algum do seu há muito perdido prestígio internacional. Governando durante o período em que o poder assírio entrou em declínio, os reis saitas restabeleceram uma semelhança com a forte governação que já dominara o Egipto. Ousaram sonhar com a reconstrução do seu antigo império na Ásia e desafiaram o reino neo-babilónico, que tinha emergido como um novo poder na Mesopotâmea. Neco, o rei do Egipto, não só se aventurou em campanhas na Ásia, como também, e durante vários anos, se manteve na posse de toda a Palestina e Síria, até ao Eufrates. Contudo, a sua derrota em Carquemis às mãos do príncipe babilónio Nabucodonozor (605 AC) terminou com todas as aspirações egípcias na Ásia. A partir daí, os egípcios ficaram confinados ao seu próprio país. Uma tabuínha cuneiforme indica que sofreram a invasão babilónica provavelmente no reinado de Amasis. Contudo, os governantes egípcios mantiveram-se no trono durante o período do Império Babilónico.
Persas e Últimos Reis Nativos - Dinastias 27-31 (525-333 AC). Cambises, segundo rei do Império Persa, conquistou o Egipto em 525 AC, tornando-o numa satrapia persa. Entretanto, o Egipto encontrou-se novamente sob o domínio de um rei nativo, desde o tempo de Dario II até ao reinado de Artaxerxes III. Nesse período, reis egípcios, pertencentes a três dinastias (28-30), ocuparam o trono dos Faraós. Os persas voltaram em 341 AC, pondo fim ao domínio nativo. Contudo, este segundo domínio persa, mencionado por Manetho como a 31ª dinastia, não esteve no poder por muito tempo, terminando com a entrada vitoriosa de Alexandre no Egipto em 332 AC.
Egipto Romano e Helenístico - Com as vitórias esmagadoras de Alexandre sobre os exércitos persas, os governadores helenísticos tomaram conta das áreas conquistadas, entre as quais se encontrava o Egipto, que passou a ser administrado por Ptolomeu. Vinte anos depois da morte de Alexandre, Ptolomeu nomeou-se a si próprio rei do Egipto e os seus descendentes reinaram durante quase 300 anos. Alexandria foi fundada como cidade grega e certas partes do Delta foram helenizadas mas o resto do Egipto continuou como antes, passando por poucas mudanças. Com a chegada dos romanos, o Egipto tornou-se numa dependência desta poderosa república. Depois que Octaviano (Augusto) o conquistou, em 30 AC, no ano que se seguiu à batalha de Actium, o Egipto tornou-se numa província romana sob o domínio directo do Imperador. Era este o seu estatuto no tempo dos apóstolos.

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